Implementar projetos de desenvolvimento sustentável no segmento do reforço escolar é um processo contínuo que requer dedicação, planejamento e colaboração. Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, as 9 ações de educação complementar, inscritas no edital 4 de responsabilidade social da Fenae e Apcefs, em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, reconhecem que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social fazem parte de uma sociedade ampla e diversificada, embora estruturalmente desigual, e têm papel ativo na expansão coletiva.

Inserida no grupo de projetos sociais a serem desenvolvidos nos 26 estados do Brasil e no Distrito Federal, entre fevereiro de 2025 e dezembro de 2026, por meio do Movimento Solidário, a iniciativa de educação complementar prevê que a Fenae incentive e financie as ações que visam auxiliar no aprendizado educacional de alunos vulneráveis socialmente em todas as regiões do país, junto a outras 9 de empoderamento das mulheres/meninas e 8 de inclusão produtiva. Todos esses 27 projetos selecionados têm eixo transversal voltado à equidade de gênero, atravessando diferentes áreas de conhecimento e com relevância social, cultural, ambiental e ética. 

Nesta versão do edital, uma novidade que destaca o empenho das entidades envolvidas com a equidade de gênero tem a ver com o compromisso “Fenae com Elas”, alinhado à campanha “Feminicídio Zero”, do Ministério das Mulheres. Com isso, a ideia é fomentar ações voltadas ao combate à violência de gênero, mirando a prevenção e redução dos números de feminicídios nas comunidades com vulnerabilidade social situadas nos arredores das sedes das Apcefs. 

Na questão do eixo transversal da educação complementar, Sergio Takemoto afirma que a escolarização de crianças, adolescentes e adultos é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com pleno direito à cidadania. “É por isso que a Fenae, as Apcefs e a ONG Moradia e Cidadania uniram forças para desenvolver iniciativas que tragam esperança de um futuro com mais educação e inclusão social”, reitera. 

Para a diretora de Impacto Social da Fenae, Giselle Menezes, as iniciativas educacionais e de capacitação, selecionadas pelo edital 4 de responsabilidade social, ensinam habilidades e conhecimentos que capacitam as crianças a melhorarem suas próprias condições de vida. E, segundo ela, “têm o mérito de promover autonomia e reduzir a dependência do mero assistencialismo”. 

Educação complementar em destaque

Entre os 27 projetos de responsabilidade social selecionados, a serem executados pela primeira vez no período de dois anos, de modo a beneficiar diretamente 2.904 pessoas e 8.523, indiretamente, as 9 iniciativas de educação complementar destacam-se por priorizar o processo de construção da realidade social, dos direitos e compromissos com a vida pessoal e coletiva, afirmando ainda o princípio da participação política. 

Os projetos educacionais que vão receber apoio do quarto edital de responsabilidade social da Fenae, Apcefs e ONG Moradia e Cidadania estão programados para o Acre (Laborar para transformar), Espírito Santo (Integração), Mato Grosso do Sul (Cultura, esporte e educação rumo à cidadania e qualidade de vida), Pará (Mulheres no mundo corporativo), Paraná (Futuro sustentável), Paraíba (“Pliê” na ponta do lápis), Rio de Janeiro (Educação em rede: tecendo o futuro), Roraima (Fé e alegria do Brasil) e Santa Catarina (Educar para a paz). Os eixos estão relacionados à educação complementar.

Com essa iniciativa do edital 4, a parceria da Fenae e das Apcefs com a ONG Moradia e Cidadania reafirma papel histórico de protagonistas na promoção de cidadania e na transformação de vidas em todas as regiões do Brasil, com vistas a fomentar igualdade de gênero nas comunidades atendidas, articulada com a proteção da vida de mulheres e crianças.