A Caixa lançou nesta semana uma nova linha de crédito habitacional para financiar imóveis que custam acima de R$ 1,5 milhão, com juros mais altos do que os financiamentos com recursos da poupança. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) alertou, nesta quarta-feira (22), sobre o impacto da mudança. Segundo a entidade, a medida compromete a competitividade e o papel social do banco. O posicionamento da Federação foi destaque em importantes veículos de comunicação, como Brasil 247, Diário do Centro do Mundo e Revista Fórum.

Desde dezembro de 2024, a Fenae tem apresentado alternativas para superar esses desafios. Durante reunião com a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, dirigentes da Federação apresentaram soluções propostas em estudo elaborado pelo Dieese, visando diversificar fontes de recursos e reduzir a dependência de captações onerosas, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que cresceram 131% desde 2021.

Ainda no ano passado, quando a Caixa decidiu reduzir a cota de financiamento habitacional para imóveis de até R$ 1,5 milhão, e exigir um valor de entrada maior dos compradores, a Fenae já alertava para a necessidade de o governo garantir novas fontes de recursos para manter o banco forte e competitivo no financiamento imobiliário.

A Fenae reforça a necessidade de o governo implementar soluções que garantam o financiamento habitacional acessível e mantenham o banco público competitivo e comprometido com a redução do déficit habitacional.