Na reunião desta terça-feira (29), entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes da Caixa Econômica Federal, a negociação para os cargos de caixas e tesoureiros não apresentou nenhum avanço significativo. A Caixa reiterou praticamente a mesma proposta já anteriormente rejeitada pela categoria, sem incorporar as revisões solicitadas e, mais uma vez, deixou de fornecer informações fundamentais para o debate. 

“A postura da Caixa de não fornecer dados concretos sobre as funções compromete uma negociação justa e transparente. Nossa impressão é de que o banco aparenta ter pressa em aprovar o acordo, enquanto não apresenta contrapartidas significativas para os empregados, o que gera desconfiança”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para Vivian Sá, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEE/Caixa, a proposta, considerada insatisfatória pelos representantes dos empregados, falha em proteger a remuneração dos trabalhadores que hoje exercem a função ainda de forma precária, ao não passar os dados solicitados. “A ausência de informações claras sobre quantas funções ‘minuto’ e por prazo, e a quanto tempo, cria impasse para as representações dos trabalhadores avançarem nas negociações”, reforçou Vivian.

“A Comissão Executiva dos Empregados deixou claro que não aceitará qualquer proposta que venha retirar direitos ou expectativas de direitos dos trabalhadores”, completou  o representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Representantes da categoria presentes na reunião consideram essencial que uma nova proposta seja apresentada, com destaque para a inclusão de uma cláusula que assegure o direito de quem possui processos em andamento e garantias já conquistadas judicialmente, a fim de proteger os trabalhadores contra possíveis perdas de direitos. Além disso, eles consideraram que a designação de 500 funções efetivas para caixas e tesoureiros, uma das propostas apresentadas pela Caixa, aparentemente não são suficientes. 

A CEE/Caixa reforçou que não abrirá mão de direitos adquiridos e continuará pressionando para que a Caixa apresente uma proposta justa e que respeite as conquistas dos trabalhadores. Uma nova reunião, em formato híbrido, está marcada para a próxima sexta-feira (1°/11), na esperança de avanços mais concretos.