Neste Carnaval, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) entra no ritmo da premiação do Oscar 2025, que, no próximo domingo (2/03), revelará os nomes das melhores produções do cinema mundial.  Toda a nossa torcida vai para o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.

Estrelado por Fernanda Torres, no papel de Eunice Paiva, e Selton Melo, como o deputado Rubens Paiva – morto na ditadura-, o filme do cineasta Walter Salles é um verdadeiro resgate à história do país e, principalmente, à memória daqueles que sofreram durante os 21 anos da ditadura militar no país (1964 a 1985).

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, o filme é essencial, principalmente neste momento, quando muitos setores da sociedade ainda pedem intervenção militar, e que, ao mesmo tempo, negam os horrores da ditadura militar.  “Em 1971, mesmo ano do desaparecimento de Rubens Paiva, nascia a Fenae, em meio a um contexto de dor e violência, mas também de resistência. Para nós, que nascemos neste momento, defender a democracia e a dignidade é um compromisso permanente. Uma luta diária para proteger os direitos dos trabalhadores e reforçar a memória de um período que jamais pode ser esquecido”, defende Takemoto.

Assim como no cinema, Takemoto também reforça o papel de entidades como a Fenae e os sindicatos em manter viva a memória de quem sofreu e lutou contra o regime de exceção. 

Saiba mais sobre o filme

O longa, que sensibilizou jurados e espectadores ao redor do mundo, narra o desespero silencioso e luta escancarada de Eunice Paiva, esposa do deputado Rubens Paiva levado de sua casa por agentes do Estado em 1971, sob pretexto de esclarecimentos, e nunca mais voltou. Ele foi torturado e desapareceu sob a tutela do regime militar. Por 25 anos, Eunice lutou para que o Brasil reconhecesse oficialmente a execução de seu marido. Ela enfrentou não só a brutalidade do silêncio imposto pelo Estado, como também a violência da negação.