Neste 8 de janeiro, data que marca os dois anos da tentativa de golpe no Brasil, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) reafirmou o seu compromisso com a democracia brasileira. Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, participou do grande ato em Defesa da Democracia, realizado no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira. O evento contou com a participação de diversas autoridades representativas dos poderes da República — Judiciário, Legislativo —, ministros, representantes de sindicatos, de segmentos religiosos e entidades da sociedade civil.

Durante o evento, o presidente Lula falou da importância da democracia para o mundo. Segundo ele, participar de um ato como esse dentro do Palácio do Planalto é dizer em alto e bom som que não é possível imaginar uma forma melhor de governança em qualquer lugar do mundo que não seja a democracia.

"Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023", afirmou o presidente Lula. "Estamos aqui, mulheres e homens, de diferentes origens, crenças, partidos e ideologias, unidos por uma causa em comum. Estamos aqui para dizer em alto e bom som: ditadura nunca mais, democracia sempre. Estamos aqui para lembrar que, se ainda estamos aqui, é porque a democracia venceu. Caso contrário, muitos de nós talvez estivéssemos presos, exilados ou mortos, como aconteceu no passado, e não permitiremos que aconteça outra vez”, destacou Lula em seu discurso.

Do lado de fora, na Praça dos Três Poderes, aproximadamente cinco mil pessoas aguardaram o presidente Lula para o abraço simbólico à democracia.

Sergio Takemoto reafirmou a importância do ato para que ninguém se esqueça do quanto a democracia é fundamental para a sociedade. “Foi um ato muito importante porque reafirma o compromisso do governo em defesa da democracia, em defesa de um país mais justo, mais igualitário, um país com mais oportunidades para todos. Não podemos permitir que os acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023 sejam esquecidos”, destacou.  “Não podemos permitir que esses fatos sejam esquecidos, pois colocaram em risco a nossa frágil democracia. Por isso, o ato e a nossa presença aqui foram essenciais para reafirmar os princípios da fé e da classe trabalhadora em defesa de um país mais justo e igualitário”, concluiu Takemoto.

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Símbolo de resistência

A Praça dos Três Poderes se tornou um grande símbolo da resistência contra os golpistas, após os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredarem as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, em 8 de janeiro de 2023. No dia das invasões, após vistoriar as dependências da sede do Executivo, o presidente Lula desceu a rampa do Palácio do Planalto, atravessou a Praça dos Três Poderes e se deslocou até o Supremo Tribunal Federal, onde foi recebido pela então presidente da Corte, ministra Rosa Weber.


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Sem anistia

Durante o evento, os participantes também reafirmaram posição contra qualquer proposta de anistia, tanto para os que participaram das depredações quanto para seus idealizadores, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do seu governo, já indiciados pela Polícia Federal por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

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