Ainda dá tempo de inscrever a sua obra e participar do concurso cultural Talentos Fenae/Apcef 2020. As inscrições terminam neste domingo (21). E para dar dicas para os participantes e incentivar quem ainda não se inscreveu, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) tem realizado uma série de bate-papos virtuais com especialistas de cada categoria.
Nesta segunda (15), os convidados conversaram sobre artes visuais, nas modalidades desenho e pintura e desenho infantil.Para esta conversa foram convidadas as artistas visuais Juliana Franklin e Mariana San Martin. Também participaram os diretores da Fenae Moacir Carneiro (Comunicação e Imprensa) e Nilson Moura (Sociocultural).
Para criar é preciso desapegar a ideia pré-concebida que temos do que é arte. Esta é a opinião da artista plástica Mariana San Martin. Para ela, explorar o que temos em nossa volta, sejam materiais ou situações, pode ser uma fonte infinita de inspiração.
“Pintar o que a gente não presta atenção mas está, todos os dias, nos olhando, aquele cantinho da casa que a gente nem lembra que existe e até sentimentos que a gente tem desenvolvido neste confinamento”, sugere Mariana.
Para explorar a criatividade e estimular o lado artístico, Mariana explica que é preciso, em primeiro lugar, criar uma área livre de julgamento. “A gente tem essas ideias pré-concebidas que vêm a nossa infância, do que é um desenho certo, o que é um desenho bonito. E na arte não tem certo ou errado, não tem bonito ou feio. Não é esta questão. Desapegar dessas ideias e aprender a não se julgar é o mais importante”.
Mariana contou que conhece pessoas super criativas que travam diante de uma folha de papel em branco. “O medo de errar é tão grande que a pessoa não consegue nem começar. Então deixa de aprender uma coisa porque tem medo de fazer errado. Minha maior sugestão para liberar a criatividade é não se julgar”.
Juliana Franklin diz que o conselho de Mariana também se aplica ao processo criativo infantil. A “angústia do papel em branco” também afeta as crianças. “Às vezes só o fato de o adulto fazer um rabisco no papel e convidar a criança a criar alguma coisa a partir deste rabisco já é maravilhoso”.
Trabalhar com carimbos, que podem ser feitos com frutas, pintar as mãos e fazer contornos nas mãos para gerar imagens são atitudes que podem estimular as crianças a fazer arte. “Todos os nossos objetos, tudo que nos cerca conta uma estória e por isso cria desenhos, faz a imaginação acontecer. Isto tem sido bem fértil no trabalho com as crianças”, conta.
Outra dica para os pais estimularem e permitirem o movimento criativo das crianças é acolher suas obras ou desenhos sem julgá-los estranhos ou feios. “Isto pode ser um desestímulo para a expressão delas”, disse Juliana.
“As crianças, em geral, já têm esse desejo de criar muito pulsante. A primeira dica é acolher esse desejo de criar e desenhar, de pintar ou de ouvir estórias, de contar e escrever. Ficar aberto ao que elas fizerem”, afirma Juliana.
Obras inscritas – Até às 17h desta segunda-feira (15), o Talentos recebeu a inscrição de 2.156 obras. Na categoria artes visuais, foram 213 para a modalidade Desenho e pintura 213 para desenho infantil.
Os diretores Moacir Carneiro e Nilson Moura lembraram que a decisão de manter o Talentos Fenae/Apcef neste ano durante a pandemia foi proporcionar um alento aos empregados Caixa.
Para Moura, a necessidade e urgência do pagamento do auxílio emergencial tem sido estressante para os empregados, que também têm sido cobrados por metas excessivas.
“Diante de tantas notícias negativas, queremos proporcionar algo positivo. A arte e a cultura são um desapego. Tanto consumir quanto produzir. É importante que as pessoas tenham a possibilidade de desestressar”, disse Moura.
“O Talentos não vai julgar nem levar ninguém à perfeição. Ele que fazer com que os empregados possam ter esse momento de abstração e também ousar e descobrir que quase tudo pode ser arte”, ressaltou o diretor Moacir Carneiro.
Em pouco mais de uma hora de duração da live, o Talentos recebeu mais quatro obras inscritas. O bate-papo está disponível aqui. Confira e anote outras dicas para te inspirar e, quem sabe, incentivar sua inscrição!